Há exatamente três anos, eu estava sentado na varanda da casa onde Hemingway nasceu...
Eu estava fazendo uma peregrinação literária pelos Estados Unidos, visitando os autores que me inspiraram a me torna um escritor. Uma viagem que começou em um quarto de asilo (em ala desativada) onde morei, cedido pelo tataraneto do barão de Mauá, o generoso Fernando. Lá escrevi, para um concurso literário, o livro "Cem pequenas poesias do dia a dia", apenas me inspirando nas coisas do quintal. A obra acabou vencendo o Prêmio UNIFOR, o que me deu direito a uma passagem aos Estados Unidos. As despesas foram pagas com o dinheiro que ganhei por outro poema em outro concurso.
Três anos depois, hoje, foi publicado no Diário Oficial que eu fui um dos selecionados para a Bolsa de Criação Literária do Programa de Ação Cultural do Governo de São Paulo, para me dedicar à escrita do livro que irá narrar, em poesia, essa peregrinação.
Há três anos, eu estava sentado na varanda da casa onde Hemingway nasceu... sem acreditar que a minha poesia havia me levado até ali.
Hoje, pela primeira vez, vejo que receberei, antecipadamente, para escrever... poesia.
A poesia é uma viagem que não termina, enquanto se acredita nela. Assim, sigo acompanhando a peregrinação das folhas caídas, deixando-me levar pelos ventos da poesia.
Obrigado ao Fernando, à UNIFOR, à UFSJ, a todos do ProAC, à minha família, aos meus amigos, à minha musa. Obrigado à poesia!
Ah! Um livro de poesia que nascerá de uma viagem proporcionada por um livro de... poesia. Isso não é poético?
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