sábado, 3 de outubro de 2015

A peregrinação das folhas caídas

Há exatamente três anos, eu estava sentado na varanda da casa onde Hemingway nasceu...



Eu estava fazendo uma peregrinação literária pelos Estados Unidos, visitando os autores que me inspiraram a me torna um escritor. Uma viagem que começou em um quarto de asilo (em ala desativada) onde morei, cedido pelo tataraneto do barão de Mauá, o generoso Fernando. Lá escrevi, para um concurso literário, o livro "Cem pequenas poesias do dia a dia", apenas me inspirando nas coisas do quintal. A obra acabou vencendo o Prêmio UNIFOR, o que me deu direito a uma passagem aos Estados Unidos. As despesas foram pagas com o dinheiro que ganhei por outro poema em outro concurso.

Três anos depois, hoje, foi publicado no Diário Oficial que eu fui um dos selecionados para a Bolsa de Criação Literária do Programa de Ação Cultural do Governo de São Paulo, para me dedicar à escrita do livro que irá narrar, em poesia, essa peregrinação.

Há três anos, eu estava sentado na varanda da casa onde Hemingway nasceu... sem acreditar que a minha poesia havia me levado até ali.

Hoje, pela primeira vez, vejo que receberei, antecipadamente, para escrever... poesia.

A poesia é uma viagem que não termina, enquanto se acredita nela. Assim, sigo acompanhando a peregrinação das folhas caídas, deixando-me levar pelos ventos da poesia.




Obrigado ao Fernando, à UNIFOR, à UFSJ, a todos do ProAC, à minha família, aos meus amigos, à minha musa. Obrigado à poesia!


Ah! Um livro de poesia que nascerá de uma viagem proporcionada por um livro de... poesia. Isso não é poético?

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